Intercâmbio com Catin Nardi

Em 2018 o Grupo Rerigtiba recebeu em sua sede em Anchieta – ES o artista argentino marionetista Catin Nardi, para um intercâmbio no período de 28/02 a 03/03 para conhecer e experimentar um pouco da técnica de manipulação de marionetes.

Sobre o artista: 

Catin Nardi é marionetista, licenciado em artes, ator-manipulador e diretor do Teatro Navegante de Marionetes (MG)

Radicado no Brasil desde 1990, Catin Nardi participa desde 1994, com os espetáculos da Teatro Navegante Companhia de Marionetes, circuito de festivais mais importantes do Brasil, Argentina e Itália.

Autodidata, dedicado integralmente ao teatro desde 1981, ganhou várias bolsas de estudo em Teatro e Teatro de bonecos:

Oficina de teatro da Universidad Nacional Del litoral – Santa Fé – Argentina 1984 – 87.

Oficina do Instituto Latino-americano de Teatro de Bonecos – Funarte RJ – 1994.

Oficinão Galpão BH Teatro Galpão – 1998 – 99.

Licenciado em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Ouro Preto 2016.

Apresenta seus Espetáculos, exposições e oficinas em Festivais, Teatros e Circuitos Culturais.Desenvolve trabalhos com bonecos para Televisão. A abertura da novela “AS FILHAS DA MÃE” e a minissérie “HOJE E DIA DE MARIA 1 e 2” da Rede Globo de TV são algumas de suas importantes produções televisivas.
Desenvolve em seu próprio espaço cultural pesquisas sobre mecânica, criação e produção de marionetes de fios, montagens teatrais com Bonecos, dramaturgia para Teatro de Bonecos. Oficinas de criação e construção de bonecos para iniciantes. Publicidade e propaganda, intervenções e documentários televisivos além apresentações regulares de seus espetáculos.

Intercâmbio com Marcio Nascimento

Em 2014 o Grupo Rerigtiba convidou o ator e diretor Marcio Nascimento (RJ) para um intercâmbio na sede do Grupo Rerigtiba em Anchieta-ES.

O intercâmbio teve como objetivo proporcionar uma vivência prática com as ferramentas básicas da manipulação de bonecos e objetos, focada na manipulação direta. Esta técnica, a mais utilizada pelas companhias as quais o Marcio integra.

A técnica oferece uma grande organicidade de movimentos ao objeto manipulado, aproximando-o do movimento humano e extrapolando suas possibilidades através da riqueza que a linguagem da animação permite.

Sobre o artista:

Marcio Nascimento é formado em Interpretação Teatral pela Unirio e em Docência pela Universidade Cândido Mendes. É membro integrante da Companhia PeQuod de Teatro de Animação desde sua fundação, em 1999. Na PeQuod, destacam-se os trabalhos: A Feira de Maravilhas do Fantástico Barão de Munchausen; Filme Noir; Marina; Peer Gynt e A Chegada de Lampião no Inferno. Na Artesanal Cia. de Teatro, além de trabalhar como ator, faz a preparação técnica de Adágio; O Homem que Amava Caixas; Por Que Nem Todos os Dias São de Sol?; Viagem ao Centro da Terra e Pequenas Histórias do Mundo.

Recebeu diversos prêmios de atuação em sua carreira, sobretudo com os espetáculos Casa Caramujo, A Feira de Maravilhas do Fantástico Barão Munchausen e O Gigante Egoísta. Além disso, recebeu menção honrosa, junto ao bonequeiro Bruno Dante, pela excelência na confecção e manipulação dos bonecos pelo espetáculo Por Que Nem Todos os Dias São de Sol?

Residência com Ednaldo Freire

Pesquisa sobre a Comédia Popular

Em 2013 o Grupo Rerigtiba convidou o diretor Ednaldo Freire da Fraternal Companhia de Arte e Malas-Artes (SP), para uma residência artística na sede do grupo em Anchieta-ES.

O intercâmbio artístico foi realizado durante 5 meses e envolveu extensa pesquisa de linguagem cênica sobre a comédia popular, técnicas de interpretação cômica como o circo, a revista e a comédia dell’Arte; e pesquisando temas, formas e expressões simbólica presentes na cultura popular o resultado foi a montagem da peça “ A Comédia da Panela”, texto de Atílio Bari adaptado do clássico Aululária, escrito por Plauto por volta do ano 200 antes de Cristo.

O projeto recebeu em 2013 o prêmio para residência artística de grupos de teatro do Espirito Santo, Funcultura – secult/ES

Sobre o diretor:

EDNALDO FREIRE é ator, diretor, cenógrafo e professor de teatro. Ao longo de sua carreira participou de mais de uma centena de montagens teatrais, nas mais variadas categorias. Como diretor, encenou mais de noventa espetáculos.

É formado em educação artística com especialização em artes cênicas, pós graduado em direção teatral.

Muitas vezes premiado, em 1973, 1976 e 1977, recebe o prêmio governador do Estado de S. Paulo nas categorias de cenógrafo, figurinista e direção, respectivamente. Em 1981 é escolhido como diretor revelação pela APCA-Associação Paulista dos Críticos de Arte, pela encenação de “Cala a Boca já Morreu”. Em 1996, juntamente com o dramaturgo, Luis Alberto de Abreu, é agraciado com o prêmio especial do juri pela APCA, pelo projeto “Comédia Popuar Brasileira”, criado por ambos na Fraternal Companhia de Arte e Malas Artes. Foi ainda indicado várias vezes para os prêmios : Shell, Mambembe e Apetesp. Em 2002 vence o Prêmio Panamco no Teatro como Melhor diretor e Melhor Espetáculo pelo “Auto da Paixão e da Alegria”.

Atualmente é diretor da Fraternal Companhia de Arte e Malas Artes, coordenador do projeto Comédia Popular Brasileira, Membro da Comissão estadual de cultura popular da Secretaria de Estado da Cultura do Estado de São Paulo e professor de interpretação no Teatro Escola Célia Helena e Escola Superior de Artes Célia Helena.

Residência artística com Miguel Vellinho

Em 2012 o Grupo Rerigtiba convidou o diretor Miguel Vellinho da Cia PeQuod (RJ) para uma residência Artística na sede do grupo em Anchieta-ES. O projeto de pesquisa foi sobre o Teatro de animação e a técnica de teatro de bonecos com manipulação direta, em que os manipuladores animam os bonecos tocando-os diretamente com as mãos, sem auxílio de luvas, varetas ou fios. O resultado dessa pesquisa de linguagem foi o espetáculo de bonecos voltado para o público adulto “ O que é Suficiente?”, inspirado num trecho do conto de Clarissa P. Éstes, “O dom da história: uma fábula sobre o que é suficiente”.

O projeto recebeu o prêmio de residência artística para grupos de teatro do Espirito Santo do Funcultura-Secult-ES em 2012.

Sobre o Diretor Miguel Vellinho

MIGUEL VELLINHO é professor do curso de Ensino de Teatro da UNIRIO onde leciona as cadeiras de Teatro Infanto-juvenil e Teatro de Formas Animadas.

É também um dos fundadores do Grupo Sobrevento, com o qual trabalhou como ator e manipulado nos espetáculos UBU!,O Teatro de Brinquedo, Beckett, Mozart Moments (Prêmio Coca-Cola de Teatro Infantil – Categoria Especial e Prêmio Maria Mazzetti-RioArte de Melhor Espetáculo de Bonecos do Ano), dentre outros.

Em 1999 fundou a Cia PeQuod – Teatro de Animação que conta hoje com um repertório sólido de oito espetáculos premiados e elogiados pela crítica. São eles: Sangue Bom (1999), Noite Feliz – Um Auto de Natal (2001), O Velho da Horta (2002), Filme Noir (2004) e Peer Gynt (2006), A chegada de Lampião no inferno (2009), Marina (2010) e A tempestade de Shakespeare (2012). 

Como diretor, foi indicado ao Prêmio Shell de Teatro pelos espetáculos Peer Gynt e Marina e foi vencedor do Prêmio Zilka Salaberry de Teatro Infantil em 2011 na categoria Melhor Direção pelo espetáculo Marina e o Prêmio Maria Clara Machado, categoria especial em 2003.

Ministrou oficinas de Teatro de Animação em todas as regiões do Brasil e participou de seminários e cursos oferecidos pelos maiores mestres internacionais do Teatro de Bonecos, como Yang Feng (bonecos chineses), Massimo Schuster (Teatro de Figuras – Théâtre de L’arc-en Terre) e Hoichi Okamoto (Manipulação – Don Doro Hyakki Puppet Theatre).

Residência artístitica com Anie

Em 2011 o Grupo de Teatro Rerigtiba realizou um projeto de pesquisa sobre manipulação de objetos e resultado desse processo desenvolvido ao longo de cinco meses de residência artista com a diretora Anie Welter (SP) foi a montagem do espetáculo “ Sono e Sonhos”.

O Projeto recebeu o prêmio de residência artística do Funcultura– Secult/ES no ano de 2011.

Com Anie o Rerigtiba experimentou a fusão das técnicas de interpretação, dança, teatro de bonecos, música, artes plásticas e animação de objetos, desenvolvendo uma dramaturgia com recursos da multilinguagem para culminando na criação do espetáculo cênico-visual “Sono e Sonhos” voltado para o público infantil a partir de 2 anos de idade.

Sobre a diretora

Anie Welter integrou o Grupo de teatro XPTO, sob a coordenação do artista plástico argentino Oswaldo Gabrielli que alcançou o reconhecimento público nos anos 80 com os espetáculos de manipulação de objetos inusitados, sob a influência de vários grupos internacionais como o Teatro de Sombras de Praga e da renomada companhia de teatro suiça Mummenschanz, que mistura mímica, circo e comedia dellárte.

Atualmente dirige em São Paulo a “Companhia Noz de Teatro, Dança e Animação”.

Linha de Pesquisa

As crianças, num primeiro contato com algum objeto, procuram dar-lhe outro significado, esse procedimento tem afinidade com o processo de criação de Anie Welter, no qual os objetos adquirem outras dimensões. Reinventar sua linguagem em busca de novos significados e transitam pela fantasia dialogando de forma eficaz com situações típicas da infância, permitindo a identificação imediata do público com as cenas.

O processo de pesquisa estrutura-se na construção das cenas em processo paralelo: de uma parte, adaptação dos objetos cênicos com a finalidade de criar e construir objetos como: adereços, figurinos e cenários envolvendo novos materiais; e de outro, um espaço para pesquisa e ensaios na elaboração das cenas. É o momento onde o objeto criado é levado para iniciar uma relação interdisciplinar entre teatro, dança, artes plásticas, animação de objetos e música.

A concepção de cenário estrutura-se na movimentação da transformação dos objetos onde ora apresentam-se como bonecos ora como figurinos e ora como cenário numa roda criativa surpreendendo o público e criando um clima mágico e imagético onde tudo pode acontecer. Esta forma de trabalhar possibilita ter espaço aberto para personagens inusitados, cenários fantasiosos e até bichos imaginários. A mediação aqui ocorre por meio do apelo visual e da expressão corporal, onde brincadeiras e situações típicas da infância tornam-se ponto de partida para a criação de coreografias que dão vida a seres e objetos de um universo singular.

  A fusão das técnicas de interpretação, dança, teatro de boneco, música, mímica, artes plásticas e animação de objetos são fundamentais para o resultado, a encenação se dá na combinação destes elementos, priorizando a resignificação dos objetos como condução da narrativa, os objetos cênicos são o meio para o desenvolvimento desta linguagem, tendo um papel de destaque, ganhando uma tridimensionalidade, transformando-se em um espetáculo cênico-visual.

Residência artística com Fabianna de Mello e Souza

Em 2010, durante cinco meses o Grupo Rerigtiba estudou, pesquisou e experimentou os processos de criação que são utilizados no Théâtre du Soleil, companhia Francesa onde Fabianna foi integrante durante nove anos.

Durante a residência o mote da pesquisa foi sobre o jogo do ator e a linguagem cênica. O engajamento do ator no processo de criação teatral a partir da prática do ator criador responsável e viga mestre da criação.  A pratica da criação coletiva em harmonia com a direção.

O resultado desse processo de pesquisa foi a criação do espetáculo “Partituras”, onde os atores e atrizes do grupo utilizam mascaras confeccionas especialmente para o Rerigtiba pelos mestres balineses na Indonésia.

O projeto recebeu em 2010 o prêmio para Residência de Grupos de Artes Cênicas do Funcultura-Secult-ES.

A linguagem estética do Teatro de Rua

“A linguagem estética do Teatro de Rua” foi o projeto do Grupo Rerigtiba que trouxe para a cidade de Anchieta-ES, sede do Grupo, o diretor Amir Haddad do Grupo Tá na Rua (RJ) para durante quatro meses desenvolver com os atores e atrizes do Rerigtiba, pesquisa e aprofundamento sobre o Teatro para espaços abertos.

O resultado deste trabalho foi a montagem de um canovaccio da Commédia dell’arte, com criação coletiva do Grupo Rerigtiba e supervisão geral de montagem do diretor Amir Haddad.

O projeto recebeu prêmio para residência artística do Funcultura-Secult-ES.